domingo, 30 de junho de 2013

O decálogo do perfeito idiota da direita



(Casal de profissionais liberais na revolta do instagram: "Estamos cansados!")

Quais são as ideias típicas dos conservadores brasileiros na atualidade? Algumas são permanentes, outras conjunturais. Amanhã serão substituídas por novas idiotices. O estoque é imenso.




Entre assombrações, equívocos e estereótipos, o pensamento conservador brasileiro anda atulhado de idiotices. Alguns nada mais fazem que repeti-las. Outros contribuem para aumentá-las. O título desta coluna alude àquele de uma obra que teve certa voga há quase 20 anos e hoje parece antediluviana. Publicado em 1996, o Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano era um ataque contra a esquerda e expressava o neoliberalismo triunfante que se espalhava pelo continente. Quem discordasse de seus axiomas era idiota.
Passou o tempo e a história mostrou o inverso. Nenhuma das experiências de governo inspiradas no Manual deu certo. Os povos sul-americanos escolheram caminhos diferentes, de mais realizações. Quem zombava dos outros, com a agressividade verbal característica dos autoritários, é que se revelou um tolo.
Quais são as ideias típicas dos conservadores brasileiros na atualidade? Algumas são permanentes, outras conjunturais. Amanhã serão substituídas por novas idiotices. O estoque é imenso. Vamos às dez mais comuns:
O Brasil está à beira do abismo
Ainda que os cidadãos normais tenham dificuldade de entender quem diz isso, os genuínos idiotas da direita estão convencidos: vivemos o caos e estamos a caminho do buraco. Há exemplo mais patético que a “inflação do tomate”?
O Bolsa Família é esmola usada para manipular os pobres
Marca distintiva desses idiotas, a ideia mistura velharias, como a noção de que os pobres são constitutivamente preguiçosos, com a pura inveja de ter sido Lula o criador do programa. No fundo, o conservador despreza os mais humildes.
O Brasil tem um governo inchado
Mundo afora, depois de a crise internacional sepultar a tese de que Estado bom é Estado mínimo, ninguém mais tem coragem de revivê-la. A não ser no Brasil. Fernando Henrique Cardoso deixou 34 ministérios quando saiu do governo. Esse seria o tamanho ótimo? Cinco a mais se constitui uma catástrofe?
O Brasil tem municípios demais
Exemplo de idiotice conjuntural, é prima da anterior. Que sentido haveria em considerar imutável a organização administrativa de um país em que a população se movimenta pelo território, fixando-se em novas regiões?
O Judiciário é nosso deus e Joaquim Barbosa, nosso pastor
Como seus parentes no resto do mundo, os conservadores brasileiros desconfiam da política e têm ojeriza a políticos. Quem mais senão o presidente do Supremo Tribunal Federal encarnaria os “anseios da sociedade contra os políticos corruptos”? Transformado em ferrabrás dos petistas, Barbosa virou herói da direita.
O “mensalão” foi o maior escândalo de nossa história
Conversa para boi dormir entre os conhecedores da política brasileira, o “mensalão” não passa de um exemplo do modo como as campanhas eleitorais são financiadas. Só os desinformados acreditam ser ele um caso excepcional.
A liberdade de imprensa está ameaçada
Na vida real, ninguém leva isso a sério. Volta e meia, a ideia é, no entanto, usada pela imprensa conservadora para defender os interesses de um pequeno grupo de corporações de mídia. De carona, alguns políticos da oposição a endossam para preservar as relações privilegiadas que mantêm com os proprietários dos meios de comunicação.
Dilma antecipou a eleição
Desde ao menos o início do ano, a oposição de direita repete, em tom queixoso, o mantra. O que imaginava? Que uma presidenta tão bem avaliada não fosse candidata? Que fingisse não sê-lo? Qualquer idiota sabe que os governantes pensam na reeleição. Assim que tomam posse, entram no páreo.
O Brasil virou as costas para seus parceiros internacionais e se aliou aos radicais
A fantasia desconhece a realidade da política externa e o modo como funciona a diplomacia brasileira. É montada em duas etapas: primeiro, desconstrói-se a imagem de um país ou liderança. Depois, afirma-se que o governo a apoia. De qual país o Brasil se afastou, de fato, nos últimos anos?
O Brasil moderno está na oposição, o arcaico é governo
Trata-se de um erro factual, somado a muita pretensão. Ao contrário, como mostram as pesquisas, o governo é mais bem avaliado (e Dilma tem mais votos) entre, por exemplo, jovens e aqueles conectados à internet que na média da população. A oposição possui, é claro, sua base na sociedade. Em nada, no entanto, esta é “melhor” que aquela apoiadora do governo.

Como se tenta detonar a Reforma Política




Por Antonio Martins
É curiosa (e reveladora) a relação da velha mídia com o sistema político. Os jornais e TVs sugerem, incessantemente, que ele está afastado da sociedade e corrompido. Nos últimos anos, o noticiário sobre os poderes “policializou-se”. Abandonou quase completamente o debate sobre a tramitação de projetos interesse público e se concentrou nos casos de corrupção. Mas bastou a presidente Dilma falar em Constituinte e plebiscito sobre Reforma Política para se sugerir que ela “imita Hugo Chávez”, “isolou-se” e foi “rechaçada”. Para entender por quê, vale acompanhar o que ocorreu, nos últimos três dias, com a proposta da mudança.
Ela foi apresentada domingo, pelo governador gaúcho Tarso Genro (PT), durante a série de consultas que Dilma fez, em meio à crise. Tinha caráter muito avançado. Um plebiscito perguntaria aos eleitores sobre a oportunidade de convocar uma mini-Constituinte, encarregada da reforma. A população poderia opinar, também, sobre a composição da Assembleia. Entre o leque de opções estaria permitir candidaturas independentes — ou seja, de pessoas não ligadas a partidos.
Dilma omitiu este aspecto, ao enunciar a proposta, na segunda-feira. Ainda assim, o bombardeio começou de imediato. Sistema político e mídia atiraram juntos. O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) teria reagido aos berros: “Isso é golpe! Ela está achando que é quem? Chávez? Rafael Correa?” O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), ajudaram a detonar a ideia. E foram subitamente transformados em pessoas sensatas, no noticiário. Jornais e TVs martelavam a suposta  ”inconstitucionalidade” da proposta. Fingiam esquecer que, caso aprovada na consulta popular, a Constituinte seria, obviamente, transformada em emenda constitucional — que os parlamentares não teriam como rejeitar…
Pressionado, o Palácio do Planalto recuou. Mantém, por enquanto, a proposta do plebiscito. É muito menos: uma Constituinte provoca ampla mobilização e debate nacional; coloca em xeque todo o atual sistema; pode examinar diversos mecanismos de democracia direta e representativa — inclusive aproveitando as possibilidades abertas pela internet. Vale defender a ideia, que obteve repercussão inédita, mesmo após a retirada do governo.
Mas também o plebiscito é muito poderoso, a depender de duas questões-chave: que  perguntas serão propostas à população; e a decisão dos eleitores será terminativa? É este, certamente, o debate que surgirá nos próximos dias. Se for possível votar, por exemplo, contra o financiamento dos políticos pelas empresas; a favor de candidaturas independentes; ou da limitação número de reeleições, inclusive no Legislativo, será um ótimo começo.
Os que se beneficiam do sistema atual tentarão fugir a todo custo deste “risco”. A mídia buscará esfriar o tema, para que a população não se aproprie da bandeira. Os políticos conservadores procurarão reduzir a relevância das perguntas e reduzir a consulta a um “referendo”, no qual os eleitores dizem apenas “sim” ou “não”.
Derrotar esta tática pode ser vital para que a luta por direitos e mudanças avance.

Vídeo: "É impressionante a falta de verdade da mídia quanto à economia brasileira!"





O pior só começou

O ódio de classes está instalado fortemente nas redes sociais.



Sabemos que o PIG/ PSDB, através (de carona ou não) do MPL, integrado aos montes pelos grupos partidários de esquerda da USP (PSTU, PSOL e PCO), iniciaram tudo. 
Grupos, alguns até bem intencionados, que estão na universidade, e que lá alimentam sua vontade de manifestação, mas que parecem não analisar o contexto político atual com sobriedade, e não tentam posicionar-se melhor em suas críticas. 
Criticam Alckmin, mas querem o PT fora do poder.
Por que não foram ao Palácio dos Bandeirantes reclamar das catracas do metrô, durante o dia, como nós professores fazemos?
Quem não se lembra de Heloísa Helena fazendo o papel de pedestal tucano, e de Plínio "Não Sei" de Arruda Sampaio*, que está ali para tirar voto de Dilma, unindo-se, quase fraternalmente, ao mais puro atraso neoliberal, então representado em José Serra, o privateador?
Eles acham que a direita lhes dará espaço caso passe? Será possível?
Como estudei lá, conheço algumas 'personas'.
São os que roubam urna em eleição de C.A., ainda discutem política enfiando o dedo no nariz das pessoas, correm pelados pelos corredores para "protestar" e, como todo aloprado político, se sabe, não tem uma liderança que o faça ponderar.
Para eles, Lula é um traidor, porque topou usar as armas que todo político usa, para não ser mais um bundão utópico da história do país que só protestou.
Quem "protestou" nas semanas que passaram foi gente infeliz porque tem que alforriar suas empregadas domésticas.
Foi a "Volta das Cansadas".
Gente infeliz com o avanço do trabalhismo, somados pelos teleguiados globais e leitores das chamadas na Veja na TV do caixa Pão de Açúcar, indignados com seus impostos sendo revertidos em "bolsa-vagabundo" - aí, vem a velha estorinha da tal "vara", meritocracia, e por aí já se via o ar fascista da coisa. 
Não vou precisar aqui narrar o que aconteceu naquelas terríveis semanas, e fatos que nos deixaram ainda mais cristalino que foi tudo golpe midiático: Faixas enormes, que só podiam ser lidas de helicóptero, com "Fora Dilma". Faixas de gente profissional contra Lula, e tudo o que já sabemos: "Prisão aos mensaleiros", Investiga o Lulla" e por aí foi, como se Lula não fosse o homem mais investigado do país.
Exatamente quando iniciava-se um evento internacional histórico no país.
Não é de se admirar que essas datas seriam escolhidas.
Isso estava claro! Era o golpe...
Naquela noite em que o JN dedicou o programa todo aos protestos, e, em seguida, entrou Roberto Freire, carimbando de incompetentes Lula e Dilma, corri vomitar. 
Não consegui dormir, e conheço muita gente sóbria que passou pelo mesmo.
Esses meninos do MPL iniciaram um processo de ódio de classe nunca visto neste país, e a mando da direita.
Vejo os comentários em sites e blogs cada vez mais agressivos e inescrupulosos. Postagens cada vez mais rasteiras e ridículas. Coisa de gente que odeia o PT, Lula e "tudo o que está aí".
Muito post raso, que consome muito tempo para desconstruir. Quem não conhece as "fortunas", "Fazenda" do "Lulinha", e agora, a mais nova, a filha da Dilma, que "tem mais de vinte empresas"???
O que nos resta? 
Em minha opinião, temos que demonstrar que a militância petista está atenta, e falar dos avanços dos governos dos últimos treze anos. 
A mídia vem forte. 
Após Dilma anunciar a proposta, Aécio falou ao Jornal da Globo como se tivesse levado uma sova. Não sabia o que dizer. Teve a cara de pau de dizer que é medida "autoritária", sinalizando que vai usar o que a classe média sabe - pela Globo - de Hugo Chavez, o mais democrático governante do planeta, para desqualificar o plebiscito.
Aécio e o PSDB agora apostarão na mídia, pois, agora está mais que descarado que dependem dela.
E a mídia invadiu as Redes Sociais!!! 
Eles sacaram e vem de sola!
E esse pessoal da esquerdona, pelo visto, continuará capitalizando politicamente com esses protestos contra o PT. 
Tem sido oposição ao PT em eleição atrás de eleição, acabam caindo no colo da direita e não conseguem criar uma liderança.
Agora é a hora da militância petista sair do Facebook e conversar com os trabalhadores.
O trabalho de formiguinha, que só nós sabemos fazer.
E tomar as ruas!
Somos muito mais!
Agora é a hora de mostrar que estamos vivos.
A hora, como disse Lula, é agora!
Temos que ir ás ruas também, de vermelho, com nossas bandeiras. 
Chamemos os trabalhadores!
É hora de tirar a bandeira vermelha da gaveta, e enfrentar numericamente essa burguesada.
Temos que defender o legado de Lula, o governo Dilma, impedir os tucanos de voltarem ao poder. 
Mas, principalmente, as reformas. Explicar o que são aos coxinhas (haja saco) - que, sem as reformas, não tem como mudar o que eles querem, o "tudo o que está aí", que é, traduzido, o que eu concordo: a corrupção.
Precisamos defender a democracia, que está correndo sério risco!

Talvez esperar 2014 seja tarde. É o ano da copa que Lula trouxe.



*Plínio "Não Sei" de Arruda Sampaio - Na campanha, quando perguntado por Dilma sobre como faria todas aquelas propostas que apresentava sem ajuda de bancos, ele respondeu: "Não sei."

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Reforma política: topa ou não topa?

Revista Carta Capital
por Matheus Pichonelli — publicado 25/06/2013 13:48, última modificação 25/06/2013 17:24


A oposição colava em Dilma a personificação da fúria popular. Agora terá de deixar claro se abraça ou não as mudanças clamadas pelas ruas.




O tabuleiro estava montado. A pouco mais de um ano para as eleições, a presidenta, às turras com o Congresso, escorregava nas notícias sobre a queda de sua popularidade (ainda alta) enquanto a oposição enrolava os dardos para alvejar os flancos abertos pelo Planalto. Em uma estratégia de eficácia incerta, citava fantasmas sobre inflação e números da Petrobras para tentar convencer o eleitor de que o governo estava desnorteado. Sob a presidência de seu partido, o possível candidato tucano, senador Aécio Neves (PSDB-MG), assumiu a linha de frente em entrevistas, pronunciamentos e inserções. O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), ainda vacilante como a terceira via da disputa, ensaiou um discurso similar e, em seguida, submergiu.

Até que uns garotos sob a bandeira do Movimento Passe Livre (MPL) foram às ruas de São Paulo exigir a revogação do aumento das tarifas de ônibus anunciadas pela prefeitura petista e foram praticamente massacrados pela polícia do governador tucano. Deu no que deu: angariaram simpatia da esquerda cansada de autoritarismo administrativo e abuso policial e também de setores aparentemente amorfos, insatisfeitos com tudo-isso-que-está-aí (do fisiologismo dos partidos à corrupção e a alta carga de impostos não traduzida em melhoria dos serviços públicos de saúde, educação e, fecha o circulo, transportes).
Por um caminho natural, ora reforçado por quem tentava transformar o coro em uma versão doCansei com musculatura popular, a presidenta Dilma Rousseff e o PT passaram a personificar a crise – em que pese o fato de o partido a se apresentar como a alternativa ao projeto de poder governar o estado mais rico da federação, onde os protestos tiveram origem, há 19 anos.
Em entrevista ao repórter Rodrigo Martins, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, deu a deixa de como a crise seria gerenciada: declarou que os protestos acabavam de abrir campo para a discussão da reforma política, uma das principais bandeiras petistas que têm, entre suas propostas, a introdução do financiamento público de campanha no sistema eleitoral. A tese é que, sem o financiamento privado, o cadeado entre candidatos e empresas interessadas em futuros contratos públicos seria quebrado de vez. Quem estava nas ruas na bronca com o dinheiro recebido pelas empreiteiras, recordistas de doações de campanhas, nas obras da Copa do Mundo, teria motivos de sobra para analisar a proposta com um mínimo de atenção.
Foi o que percebeu o estafe de Dilma Rousseff. Em um intervalo de três dias, ela chamou o jogo para si ao fazer um pronunciamento de dez minutos na tevê e anunciar, na segunda-feira 24, cinco pontos de um pacto para atender uma multidão em fúria – alimentada pelo fato de a líder da nação evitar se reunir com movimentos sociais. Numa jogada dupla, a presidenta que havia prometido abrir canais de diálogo se reuniu com movimentos sociais, prefeitos, ministros e governadores e lançou o debate sobre a reforma política por meio de uma (tecnicamente improvável) Assembleia Constituinte. Aproveitou os holofotes para explicitar as propostas do governo sobre as quais o Congresso prometia fazer jogo duro, como a importação de médicos para a interiorização da saúde no País e a migração dos recursos do pré-sal para educação. E sugeriu transformar em crime hediondo os flagrantes de corrupção.
Jogava para uma plateia que, genericamente ou não, dizia estar “cansada dessa roubalheira toda” e também da impunidade. Foi a forma encontrada para elencar as propostas como em um debate entre candidatos na tevê. Com uma diferença: estava sozinha na plateia, sem chance de ouvir réplica e tréplicas em uma disputa que, oficialmente, não começou. Lançava assim no colo do Congresso o ônus das mudanças clamadas pelas ruas. E tirava da oposição a artilharia sobre um suposto imobilismo do governo.
Xeque.
A oposição não tardou a acusar o golpe. No mesmo dia, Aécio Neves foi a público dizer que a presidenta decepcionara a nação. Argumentou ser favorável à reforma política mas, veja lá, veja bem, houve dez anos para essa proposta ser apreciada no fórum adequado, o Congresso. Mirou a presidenta, que àquela altura tomava os louros para si, e acertou o estandarte máximo da herança tucana: em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, que hoje chama a ideia petista de “autoritária”, encampava uma proposta similar.
Era tarde. Enquanto juristas, a Ordem dos Advogados do Brasil, líderes partidário e os ministros do Supremo Tribunal Federal se batem sobre a viabilidade técnica da proposta, Dilma ganha tempo. Politicamente, o resultado pouco importa. O anúncio acabava de tirar do governo o foco da pancadaria com uma mensagem à população: “Vocês querem mudanças? Eu também quero”. Se elas forem encaminhadas, Dilma será lembrada agora como a “mãe” da revolução. Se o sistema jurídico travar, ela de alguma forma sinaliza ter feito o que pôde. Mas, se a oposição bloquear, como promete bloquear, que se vire com uma população em fúria.


domingo, 23 de junho de 2013

Governo esclarece matéria enviesada do PIG





"A matéria veiculada pelo Portal UOL na manhã deste domingo (23), assinada por Rodrigo Mattos e Vinicius Konchinski, distorce informações, faz relações incorretas e induz o leitor a uma interpretação errada dos fatos. Cabe esclarecer o seguinte:


- Não há um centavo do Orçamento da União direcionado à construção ou reforma das arenas para a Copa.

- Há uma linha de empréstimo, via BNDES, com juros e exigência de todas as garantias bancárias, como qualquer outra modalidade de crédito do banco. O teto do valor do empréstimo, para cada arena, é de R$ 400 milhões, estabelecido em 2009, valor que permanece o mesmo até hoje. O BNDES tem taxas de juros específicas para diversas modalidades de obras e projetos. O financiamento das arenas faz parte de uma dessas modalidades.

- Não houve qualquer aporte de recursos do Orçamento da União nos últimos anos para a Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília). Portanto, a matéria do UOL está errada. Não há recurso algum do Orçamento da União para a obra de nenhuma das arena, o que inclui o Estádio Nacional Mané Garrincha.

- Isenções fiscais não podem ser consideradas gastos, porque alavancam geração de empregos e desenvolvimento econômico e social, e são destinadas a diversos setores e projetos. Só as obras com as seis arenas concluídas até agora geraram 24.500 empregos diretos, além de milhares de outros indiretos, principalmente na área da construção civil.

- É importante reforçar que todos os investimentos públicos do Governo Federal para a preparação da Copa 2014 são em obras estruturantes que vão melhorar em muito a vida dos moradores das cidades. São obras de mobilidade urbana, portos, aeroportos, segurança pública, energia, telecomunicações e infraestrutura turística.

- A realização de megaeventos representa para o país uma oportunidade para acelerar investimentos em infraestrutura e serviços, melhorando as cidades e a qualidade de vida da população brasileira. Os investimentos fortalecem a imagem do Brasil, de seus produtos no exterior e incrementa o turismo no país, gerando mais empregos e negócios para o povo brasileiro.

Ministério do Esporte
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão"

sexta-feira, 21 de junho de 2013

RELATO DE COMO DESCOBRI OS INFILTRADOS NOS MOVIMENTOS DO MPL PELAS RUAS DO BRASIL (ou DESCOBRI A PÓLVORA!)



Artigo. 19.06.2013 às 21:25
Fonte: Conversa Afiada

Acredito que descobri quem são os infiltrados no movimento MPL. Quem esteve agitando na rua, quebrando tudo, é a direita! A infiltração no movimento de rua do MPL que vem causando transtornos em meio a passeata pacifica, tem vários nomes, movimentos, mas uma forma de agir, cooptar e incitar a violência. E só descobri isso porque lancei uma isca e deu certo!
Coloquei na minha página uma mascara do Anonymous, postei palavras de ordem, distribui a informação em grupos conservadores e não tardou para entrarem em contato. Para a turma que ainda acredita que tem uma divisão no MPL em São Paulo, que existe bagunceiros quebrando tudo, e que isso ocorre ao acaso, tenho uma bomba pra vocês. Não é divisão… é infiltração golpista.
O que esta em ação, é o mesmo plano que levou o Jango a ter que aceitar o parlamentarismo em 1962 e posteriormente resultou no golpe em 1964, só que agora contra o PT. Estão inflamando jovens conservadores para criar o caos. Com o governo sem ação e com o discurso de que existe perigo de um golpe de esquerda à direita, associada a militares e religiosos surgira com o discurso de que precisam tomar o poder para limpar a casa. Mas a história, como todos sabem, se repete duas vezes, e a segunda como farsa.
Estamos diante de uma revolução de fundamentalistas religiosos, aliados as elites golpistas conservadoras. Atentem aos sinais. A semana inteira estive informando que tem uma infiltração da direita dentro do movimento das ruas. Porem a dois meses cantei a bola, estão tentando um golpe de Estado conservador contra o governo Dilma. Isso surgiu com os boatos do corte do bolsa família e a mentira de que os 6 mil médicos cubanos que entrariam no Brasil, seriam agentes para ajudar em um golpe do PT (?!). Não tardou para pedirem aos militares a derrubada do governo.
Notem o movimento de leis conservadoras religiosas no congresso, agredindo o Estado laico. Ou o PEC 37 que querem acabar com os poderes de investigação do Ministério Público, tudo esta intimamente relacionado. Os agitadores, no entanto não são os comandantes. A retaguarda com orientação de partidos não mostra a cara, colocam idiotas uteis nas ruas para atrapalhar o MPL. Criam páginas secretas no facebook com nomes como “Brasil Comum”, “Basta”,“Chega”, “Fora Dilma”, “muda Brasil” entre outras dezenas encontradas.
Procuram ativistas que estão reclamando da situação. Emitem uma isca para ver o perfil da pessoa. Eles estão criando pequenas células que ficam ocultas. Listas e eventos de facebook fechadas não podem ser identificadas nem localizadas. Se der errado a célula, podem apagar sem maiores estragos sem chamar atenção. Comecei a desconfiar dos contornos tomados pelos agitadores, que vem agindo contra as recomendações pacifistas do movimento MPL, quando fui procurado para ser suposto líder de um movimento revolucionário!
Me procuraram aleatoriamente por que viram minha imagem do “anonymous” e minhas postagens das fotos do evento do MPL no meu perfil. Me acharam como um suposto “indignado”, sem saberem que sou de esquerda e não me oponho ao governo do PT, mas me oponho a violência da policia de Alckmin contra os manifestantes e também me oponho a qualquer ameaça contra a democracia. Ainda acredito que a política brasileira de lado a lado esta corrompida, indiferente aos partidos, mas isso deveria ser resolvido com uma ação de renovação da política através de processo eleitoral como ocorreu nas últimas eleições italianas.
Dei corda e deixei eles escreverem, descobri que eles estão cooptando pessoas com diversos nomes de entidades e movimentos, buscando jovens para fazer estes atos. Justificando que o governo Dilma é corrupto e que é hora de se indignar e fazer uma revolução. Antes de entrar me fizeram uma pergunta. Se eu estava pronto para ser líder? Disse que sim, pra ver do que se tratava o grupo. Fui cadastrado na página após ter aceito o papel de “liderança”… dentro mensagens de ordem. Ou seja, eles estão cooptando com o pressuposto de incitar uma revolução, convidando as pessoas para uma suposta ação heroica. Chamam de “guerreiros”, falam em salvar a nação, luta contra corrupção, etc…
Olhe o texto da postagem do rapaz que tentou me cooptar. Vou omitir o nome dele, chamando de anônimo: anônimo “Traçar os objetivos da Manifestação, os objetivos que são comuns a todas cidades e estados do Brasil. Recrutar os líderes das cidades com manifestação. Curtir · · Seguir publicação · há 7 horas” Olhe o texto dele In box, como me abordou:
Anônimo “Manoel Neto, vc se sente pronto para ser líder dos manifesto? Importante uma resposta sua!” Após a resposta, me cadastrou no grupo. Este tipo de figura de direita, que esta articulando gente para as ruas. Eles pedem que as pessoas coloquem bandeiras do Brasil em seus perfis e recomendam que o movimento de rua mude o discurso do MPL para o foco contra a corrupção do PT. Até então, não tinha ideia com quem estava tratando. Apresentaram-se como pertencentes a organizações “sem nome”… após insistência me deram nomes de movimentos como “Basta Brasil” e “Brasil Bem Comum”. Logo em seguida ele se identificou, mas só após muita insistência: anônimo “somos da Curitiba Ativa, e organizadores do Dia do Basta E abrindo campo ainda…”
Como todos dos movimentos sociais modernos sabem, o Dia do Basta, se valeu das mascaras dos anonymous e tentou forjar uma ação do grupo no Brasil, que de fato, não era do Anonymous (conforme nota do grupo original), mas sim, uma ação articulada pela direita. Tem a direita por trás disso… Até brincamos na época, que os ataques hackers que ocorreram no Brasil… eram os hackers da direita… O dia do Basta, tem PSDB e partidos de direita de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro no comando… era uma tentativa de levantar o povo contra o PT, usando a associação ao mensalão, com atual governo, como motivo pra gerar revolta popular e a derrubada do governo.
Eles é que estão infiltrados no movimento de rua do MPL e Revolta do Vinagre… e só se abriram comigo, porque se enganaram com a imagem que eu coloquei no meu perfil… assim que viram minhas opiniões, pararam de conversar comigo. OS FORTES INDÍCIOS SÃO PÚBLICOS, PODEM SER ENCONTRADOS NA INTERNET: Páginas sugerem um golpe militar contra o governo eleito de Dilma Roussef, com a alegação falsa da nação correr risco de um golpe comunista. A página Golpe Militar 2014, deixa claro, que pretendem dar um golpe, “preventivo” contra os comunistas: “#QueremosOsMilitares BOA NOITE IRMÃOS PATRIOTAS! Enquanto não chega “A HORA”, vamos visitar a página oficial do Exército Brasileiro no Facebook e deixar comentários positivos e de apoio nos posts, com a HASHTAG:”
Alas radicais, que apoiam anonymous e Dia do Basta, ficam indignados com a participação da esquerda em protestos, demonstrando ódio a partidos, e no entanto defendendo políticos como Fleiciano. Isso fica evidente no depoimento do auto intitulado “Patriota”:
Os vídeos, links e manifestos, fazem conexões entre as organizações, mostrando que são a mesma rede de relações:
A ligação com o anonymous é evidente. A própria página do grupo noticiava o dia do basta. Foi retirada do ar, mas pode ainda ser vista a imagem do evento via link do Google, Anonymous e Dia do Basta:
Uma líder do MPL em São Paulo me confirmou suas suspeitas. E em seguida me deram outro nome que surgiu por lá, um tal de “Mudança já”, que é no fundo a mesma coisa que os outros grupos. São dezenas de células, todas com o mesmo discurso. Na página deles consta a seguinte informação: “MOVIMENTO APARTIDÁRIO por uma gestão pública decente, educação e cidadania SOMOS APARTIDÁRIOS!” Como todos sabem, suprapartidário é democrático e livre, partidário tem lado, e apartidário, sem partido, é fascismo, portanto totalitarismo. Estamos tratando aqui de extrema direita.
É o mesmo grupo, assim como os outros, que pedem o abaixo assinado de impeachment da Dilma, é só ver as imagens de fotos das pessoas com bandeiras do Brasil, fotos do Anonymous e seguir as conexões.
Quem montou a petição e Rogério Teixeira (M. Brasil), notem que isso é a abreviatura de Muda Brasil. Mais uma das células. Tem página no facebook:
Na mesma página, existem conteúdos de cunho religioso, como a frase do novo Papa, conclamando que o cristão precisa ser revolucionário:
Estranhamente, se fizermos as conexões, iremos acabar não apenas achando PSDB, partidos de direita, bem como ligações com a banca evangélica, representantes da igreja católica, evangélicos e políticos ligados a ditadura, entre outros, figuras como Bolsonaro, Feliciano, Alckmin, e até páginas conclamando o falecido Eneias… Esta tudo postado nas páginas citadas, é só entrar nos links, seguir membros e conexões externas. Existe um “nacionalismo”conservador, oculto, que pede mudança no Brasil via golpe militar, derrubada do PT, que na verdade quer dizer, ódio e xenofobia.
Ou seja a razão que une estas pessoas é ódio a gays, negros, nordestinos, pobres, MST e programas sociais do PT em favor de pessoas carentes. Ou seja, quem se levanta alegando salvar o Brasil, odeia o povo brasileiro. O perfil típico dos envolvidos é classe média, branca, homem, de 16 até 45 anos, com ideias reacionárias, com maior concentração em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo. O grupo pretende lutar contra corrupção, mas só aponta pro PT, e não cita mensalão do PSDB, nem outros escândalos nacionais. Nem a corrupção geral da política e da podridão que existe hoje no congresso. Então o movimento alega ser apartidário, mas só ataca um partido (?) Notem que a página do Anonymous que é enviada para incitar os ataques é composta por denuncias e dados que atingem exclusivamente nomes do PT e aliados.
Como o movimento alega ser apartidário, se os ataques são exclusivamente contra a esquerda? Diversas Rach Tags levam a pedidos de luta contra corrupção e no meio divulga discursos contra a Dilma, contra comunistas e contra aliados do governo: #OGiganteAcordou #AcordaBrasil #BrasilMostraTuaCara #EstamosEmTodosOsLugares #Naocorrupcao #Manifestacoes #Protestos #Direitos #Brasil #QueremosDemocracia #Democracia #VemPraRua #AmanhãVaiSerMaior #BRevolution #CopadasManifestacoes #mudança O caso me sugere mais sério do que um simples levante desordenado… e o movimento do MPL não é o movimento que esta criando a desordem. É evidente a forma que estão agindo infiltrados. Como os agentes da Cia na derrubada de Salvador Guillermo Allende do governo do Chile em 1973. Eles devem ter milhares fazendo isso… juventude e comitês do PSDB? Partidos evangélicos, cristãos? Extrema direita? Neo nazistas? Quem mais? Aliados internacionais?
O próprio MPL entrou em contato, me confirmando a suspeita de infiltração: “Oi Manoel, legal! Seu relato já havia chegado a mim por outras vias. Eu já suspeitava desde o princípio!” Carol Cruz (MPL- SP) Isso é o que esta ocorrendo no Brasil. Existe o movimento legitimo, que esta lidando apenas na pauta das tarifas de ônibus e existe o movimento golpista, que pretende derrubar a presidente Dilma. Tome cuidado com discurso nacionalista e apartidário neste momento, pois este discurso é orientado por extremistas que querem acabar com a participação popular. A única fala que interessa no momento é democracia e preservação do Estado de direito. Temos constituição! O movimento precisa ser pela legalidade! Manoel J de Souza Neto


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Porque "NUM VÔ!!!"






Hoje resolvemos publicar algo sobre mais uma das manifestações "populares", que começaram com a MPL. Até aí, muito bom, apesar de não se verem trabalhadores no movimento. Mas, é assim a democracia. 
Depois, tornou-se "Fora Haddad" (que não aumentou a passagem sozinho, que tem projeto, e que governa há seis meses) oportunamente iniciadas em SP, é claro, que se espalharam pelo país para ter como fim, o governo federal. 
Daí, virou "Fora Dilma" (que baixou os juros, a luz e está baixando a comida), para, no fim, virar uma salada de "vai tomar no cu" com "Fora todo mundo" que mostrou a real face juvenil dessa parada toda.
É preciso, ainda, ensiná-los que existe uma urna, e que não se pode tirar alguém do poder no grito.
Também não se pode desqualificar totalmente esse movimento inicial, já que, sabemos que há, e até conheço pessoalmente pessoas sérias que ali estiveram. Beleza. Mas...
Esse "Fora todos!!!" tem cara de golpe.
Esse "gigante" - com minúscula -  tem partido e bico...
Teremos, agora, que combater os maus usos disso tudo que, certamente, setores ultrarreacionários sabem bem manipular. Aí eu quero ver...esse discurso de "na ditadura não tinha" ao contrário do que se pode pensar, passa mesmo de pai para filho, e existe boa parcela da juventude que pensa bem assim.
Fora a trabalheira de explicar a essa meninada porque uma possível volta dos tucanos ao poder seria um desastre para o país (é a razão da vida deste blog), e que isso tem que estar acima de qualquer bandeira.


Diante disso, reproduzimos pensamento do Facebook visto hoje, e que muito diz do que pensa o editorial do Mastrandea.


Por Vinícius Duarte

VOCÊ É CONTRA O POVO NAS RUAS?

Não, claro que não! A rua É do povo. E, quando o povo ocupa as ruas, eu me alegro.

Só que eu sou macaco véio (mais véio do que macaco), então eu fico em casa, prestando atenção nas bandeiras do povo que está na rua. 

Então, se eu percebo que:

- se tem povo na rua defendendo prisão perpétua, eu não sou desse povo;

- se tem povo na rua defendendo redução da maioridade penal, eu não sou desse povo;

- se tem povo na rua defendendo derrubar governos democraticamente eleitos, eu não sou desse povo;

- se tem povo na rua "contra tudo e contra todos", eu não sou desse povo;

- se tem povo na rua que vai pra lá só pra ter assunto com os amigos, eu não sou desse povo;

- se tem povo na rua que defende a volta dos militares pra "acabar com a bandalheira", eu não sou desse povo;

- se tem povo na rua que não completa a frase "não são só os R$ 0,20, são os..." com uma reivindicação concreta aos governos, eu não sou desse povo.

Aí não tem como eu ir, desculpem. Mas eu tô muito a fim. Quando (ou se) acertarem essas paradas, me chamem.