Em matéria publicada nesta quinta-feira (17) no jornal impresso “O Globo”, nota-se uma grande manipulação dos fatos para tentar deslegitimar e intimidar os jornalistas e blogueiros que participaram da entrevista com o ex-presidente Lula na semana passada. Rodrigo Vianna, do Blog do Escrevinhador, que estava na coletiva de Lula, concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal Vermelho sobre essa repercussão na grande mídia.
“O que fica claro é o interesse da Globo em intimidar os blogueiros que apesar de suas limitações oferecem uma narrativa que é uma alternativa ao poder da globo de manipular”, disse Rodrigo. Mas para o blogueiro, como diz o ditado, o feitiço virou contra o feiticeiro. “É uma retaliação clara, uma tentativa de intimidar, mas ao invés disso estão ajudando a tornar os blogs ainda mais conhecidos”, completou.
Vianna foi procurado pelas jornalistas da Globo para dar a entrevista e recusou, pois o único pedido do blogueiro para dar a entrevista foi negado. “Pedi para a jornalista mandar as perguntas por escrito e que só daria a entrevista se a Globo esclarecesse o caso da suposta sonegação fiscal de R$1 bilhão.”, revelou. “Como a jornalista não quis nem ao menos mandar as perguntas, não respondi”, indagou.
Para Rodrigo, nenhum dos participantes da coletiva com Lula deveriam falar com a Globo. “Eles pensam em nos deslegitimar e por que vamos lhes dar legitimidade? A Globo não tem estatura moral para ser fiscal de blogueiro”, falou.
Vianna lembrou que as entrevistas do Lula aos blogueiros sempre foram transmitidas ao vivo e com acesso universal. “As duas entrevistas do ex-presidente foram transmitidas de forma pública, uma no Palácio do Planalto e outra no Instituto Lula”, recordou. “Eu queria saber por que o Merval Pereira, da Globo, se esconde para falar com o cônsul e embaixador dos Estados Unidos, ele é informante do governo dos Estados Unidos e tem vergonha disso?”, questionou.
Especificamente sobre o papel das jornalistas que assinaram a matéria publicada nesta quinta-feira (17) no jornal “O Globo”, Rodrigo acredita que as repórteres fazem esse papel talvez por medo e pensando na ascensão no mercado de trabalho. “Um dia elas vão descobrir que entre elas e a empresa há uma diferença, pois estão achando que são a empresa e vão perceber que há uma grande diferença entre o jornalista e o dono da empresa de jornalismo, e assim vão perceber o papel que estão se prestando”, disse.
Ramon de Castro, para Rádio Vermelho
http://www.vermelho.org.br/radio/noticia/240396-331
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