O debate de ontem na CNBB foi emblemático. Um festival de horrores onde Dilma Rousseff destoou com sua forma cartesiana de expor as questões que envolvem a vida dos brasileiros. O resto, como diz o dito popular, se colocar uma lona vira circo e se cercar vira hospício.
A pior pra mim foi Luciana Genro!
Pior porque a gravidade de seu debate despolitizado é uma variante histriônica de uma colegial tardia com uma superintendente da ética, como é o próprio PSOL que se diz à esquerda do PT.
Luciana é a cara do PSOL, um partido que expõe contradições gritantes desde seu nascedouro até os dias atuais. A própria Luciana falou ontem da alta carga tributária que pesa nos ombros dos mais pobres, dizendo, e com razão, que acaba os pobres pagando praticamente sozinhos os impostos no Brasil. O que ela não disse é que o PSOL, junto com o PSDB e o DEM, deu como cortesia, aos mais ricos o fim da CPMF, um imposto que os pobres não pagavam nem um centavo e do qual eram injetados na saúde bilhões todos os anos para atender sobretudo os pobres. Mas não é só isso, o fim da CPMF devolveu aos endinheirados o sigilo bancário onde é facilitada a sua forma de sonegação. E por que fez isso? Para se vingar do PT, ou seja, derrotaram os pobres e acham que derrotaram o PT.
Ao mesmo tempo, assim como fez o PSOL nos seus 10 anos de existência, Luciana Genro se alia à banda pobre do STF como Mendes, Barbosa, Fux e cia, para vocalizar a moral udenista da mídia com a farsa do "mensalão."
O que Luciana não disse com sua régua moral é que até hoje o PSOL não liquidou suas pendengas internas de caixa 2 tendo como protagonista a deputada Janira Rocha.
No debate da CNT, Luciana, perguntada sobre o caixa-2 de Janira Rocha, disse cinicamente, a la Marina, que não tinha conhecimento do fato.
Eu poderia citar também a covardia de Chico Alencar (Psol) que, para não correr o risco de perder o pensionato de deputado federal, não disputa, por exemplo, com Garotinho, também deputado, a eleição para governador do Rio. Prefere colocar na parede de seu gabinete um quadrinho de "melhor deputado do Brasil" e, assim se transformar em um postulante automático de eterno deputado federal. Lembrando também que, quando Tarcisio Mota (Psol) diz que, fora ele, os outros quatro candidatos ao governo do Rio são farinha do mesmo saco, ele deveria se incluir como o quinto, pois quando o PT-RJ se coligou com Garotinho durante os oito anos de seu governo e de Rosinha, todos os que hoje estão no Psol estavam à época no PT e lá permaneceram, saindo somente uma década depois, por perderem espaço em disputas internas.
O próprio Randolfe Rodrigues, que era originalmente o candidato escolhido do PSOL para a disputa presidencial, correu da raia em plena disputa e anunciou ontem mesmo que pretende se unir à Marina na coligação Rede/PSB.
Por tudo isso, mas uma militância de "intelectuais" tão ou mais fisiologista que seus políticos, eu acho que o que se viu ontem no debate da CNBB, foi o PSOL representar um coquetel de baixaria, moralismo lacerdista, despolitização encarnado por Aécio, Marina, Pastor Everaldo, Eduardo Jorge, Fidelix, Luciana Genro e Eymael.
Isso me dá um motivo a mais para ir às ruas defender o governo e a reeleição de Dilma Rousseff, do PT.
por Carlos Henrique Machado Freitas em seu Facebook
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