sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Lindemberg enfim vai aos leões


(operação policial de sucesso é quando o criminoso sai na maca, não a vítima)




Hoje julgou-se e condenou-se o autor de mais um caso escabroso de crime contra a vida.
Não quero aqui debater direitos humanos ou coisas assim. Ater-me a tais assuntos faria deste post um livro, e quem me conhece, sabe da minha repulsa à violência, às armas (salvo pela revolução) e que, para mim, só a Educação pode acabar com histórias como estas.  
Muito menos o absurdo que é o fato de meninas estarem perdendo sua infância em nome de um mercado mesquinho de moda e sexo.
Trata-se, aqui, do fato em si. Eloá fora sequestrada, e a polícia tinha de agir.
O que maís impressiona, muito mais que a morte da moça, foi sua permissividade, por imprudência, políticagem e vaidade eleitoral.
José Serra, governador da província à época, e já com seus planos de "querer-ser-desejar-sonhar" ser Presidente da República, em prática, já que é "o-mais-preparado", "o profetizado", não queria que a cena de um sniper esfaçelando o crânio de Lindemberg fosse veiculado pela mídia ao vivo, àquela altura já posicionada como faz no BBB, com suas câmeras em ângulos que talvez não tivessem os próprios atiradores especializados.
Marcos do Val, instrutor de defesa pessoal do departamento de polícia de Beaumont, Texas, fala do "erro"(!) da polícia em ter permitido que o sequestro se alastrasse por mais de cem horas (num país de polícia e governo sérios, isso não duraria mais que quinze minutos) e do que denominou "desastre" o retorno da jovem ao cativeiro - isso, até eu, que nada sou de especialista, muito menos em matéria de tiro e tática de 'puliça', depreendi sem dificuldades, no mesmo momento.
Já vimos esse filme no Rio, com o "motorista" e comandante do famigerado 157. Vidros por todos os lados, e o que se viu? Ao invés do ameaçador baleado, a vítima, morta.
Agora, é claro, o povo pode falar, livremente e com propriedade, que justiça foi feita. Em outras palavaras, chutar a cabeça do 'desgraçado'. A história do folhetim termina, então, como a classe média queria.
Serra então pode, novamente, voltar a ser o-mais-preparado-guardião-da-moral-e-da-paz-e-democracia "à la paulista". Um criminoso. Escroque, evasor de divisas e genocida que levou quase 40% de votos na última eleição para presidente...
Impressiona muito também nada sobre isso ter sido dito.Muito pouco, até mesmo nas redes sociais. Que a influência do governador paulista no final trágico não seria reportagem do JN do mauricinho e da patricinha era fácil de se prever...
Não inocento Lindemberg do seu ato, mas, com mais força, culpo o governo de um insano nazista de, em nome do seu cinismo e demagogia, jogar, agora, o rapaz aos leões, humilhantemente, para deleite da classe média que lota nossa grande arena que é a mídia e seus fiéis escudeiros.




por Mastrandea

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