domingo, 12 de fevereiro de 2012

Professor Hariovaldo : Ode a José Serra

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Mestre Professor Hariovaldo e confrades,
No final do ano passado recebi, pelo MSN do além,  mensagem  do grande cordelista Patativa do Assaré homenageando o Presidente Molusco que saia. Recebi,  agora, uma homenagem ao grande José Serra, O Ungido  para a Prefeitura de São Paulo este ano.


ODE A JOSÉ SERRA




Desde os tempos dos Faraós
Surgiu a figura impoluta
Daquele que desataria os nós
Desta república corrupta
Seu nome é Dom José Chirico
Nascido e criado na Mooca
Instruído por Frei Francisco
E pela professora Maroca

SAPO cACOViveu uma infância feliz
Nas ruas e várzea local
E como todo pequeno petiz
no futebol era craque e o tal

 No mercado seu pai trabalhava
E isso todos se recordam:
Do pequeno Zé que o ajudava
A carregar caixa de fruta madura:
banana, uva, manga e mangava
pepino, alface e toda a verdura
Mas sempre que podia, o Zezinho
Tinha um hábito de candura
gostava de ler livros de todo tipo
encadernados ou de brochura
Geografia, álgebra, filatelia
matemática, português, filosofia
Jornal, almanaque, gibi, revista
Até bula de drogaria.

SerritoAdolescente resolveu na “facul” entrar
E na faculdade era figura de destaque
Logo para líder resolveu se candidatar
E ganhou fácil, pois era bom orador
Desses que tem o poder de manipular
E sabe como ninguém ser bom ator
Foi líder estudantil de esquerda
E essa foi sua desdita e desgraça
Pois queriam seu corpo e sua cabeça
Naqueles tempos negros, de perda
De medo, desconfiança e ameaça
E para o estrangeiro fugiu
Somente com a roupa do corpo
Pois se ficasse no Brasil
Perigava ser preso ou morto

Chileno amigoPara o Chile se mudou à socapa
E nesse país resolveu se estabelecer
Pois ali parecia ser local democrata
Não havia prisões, bom para viver
Seu presidente eleito era comunista
Assim comunista era todo o poder
Mas essa condição era mal vista
Pelos irmãos da nação do norte
E sem que ninguém desse conta
O Estado ficou refém da sorte
E tomou posse Pinochet, o general
Depois de um banho de sangue atroz
Morreram muitos irmãos no final
Pais, filhos, sobrinhos tios e avós
E aquela nação, antes vermelha
Teve que aguentar uma Ditadura
De direita, por sinal, triste destino
Pro povo sobrou cana e rapadura
cacete na sola do pé e chute no intestino

Las ninasNovo governo, gorilas no poder
Serra temeu ser ao estádio levado
Pois já estava a notícia a correr
Que ali vermelho era torturado
Não só isso, mas era ainda pior
Eram alinhados nos alambrados
E naquela cena de morte e dor
Eram sem dó abatidos e fuzilados

Adios muchachosSem perder mais nem um minuto
Serra juntou o pouco que havia ganho
Saiu do país dominado pelo bruto
E para o Brasil, sua terra de antanho
chegou, já com prestígio e líder de fato
Pois a ditadura daqui havia amolecido
E no MDB, que era oposição de fachada
Fincou pé e foi muito bem acolhido
E dali partir para ser figura destacada

SoturnoDo MDB já como PMDB resolveu cair fora
Pois o seu projeto de poder era muito maior
E na antiga sigla espaço ninguém lhe dava
As eleições majoritárias lhe negaram, e pior
Teria que esperar sua vez, e não se destacava
Se ali ficasse, seria, vejam só, um mero vereador

Junto com figuras célebres, cultas e de valia
fundou o partido da ave colorida e bicuda
Pois esse partido de concordância e harmonia
Pro seu sonho de poder é terra fértil e fecunda
Mas não contava que outro, esse desejo nutria
FHC, o príncipe, na cadeira sentaria a bunda
E lá ficou por oito anos, o filho de uma ……….
Nem Serra nem Covas, oh sorte maledeta!
Para a presidência, nem uma vezinha, sobraria


Another manMas o grande almirante não desistiria
Seu sonho o levaria a píncaros do sol
E por três vezes a presidência tentaria
Afinal, não foi assim com ele: o Farol?
Mas pelo caminho um molusco aparecia
E com Lula seus sonhos findaram no atol

BolinoE mesmo com uma mulher, frágil e filha de Eva
A eleição que tava no papo, no primeiro turno
mostrou que os sonhos são ilusão como de erva
Mas não se contentou a levar no fundilho o coturno
Perdeu a eleição e a honra, permanecendo na treva
Graças a um mineirinho traira, boêmio e noturno

Mas não tem nada não, a vida derruba, dá volta e ensina
A prefeitura de São Paulo é minha e está a disposição
Essa eu levo, ninguém tasca e ainda vou sair por cima
E ainda darei uma banana para os petelhos da oposição

Salve Serra!




http://www.hariovaldo.com.br/site/2012/02/12/ode-a-jose-serra/




por Mastrandea

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