Operação 7 de setembro da direita
Com a chamada jornada de junho, a direita nativa ganhou coragem para ir às ruas – como atestaram várias cenas fascistoides contra as forças de esquerda
Em sua coluna de domingo (18), em O Globo, o “imortal” Merval Pereira deu a pista. Após expressar os seus temores com o julgamento do “mensalão do PT”, ele apostou suas fichas nas “grandes manifestações que estão sendo convocadas em todo o país para comemorar o Dia da Independência na visão da cidadania”.
Um rápido monitoramento na internet revelou de qual “cidadania” o jornalista gosta. Uma tal “Operação 7 de setembro” está sendo organizada com forte influência de setores da direita nativa.
Até o momento, segundo os organizadores, há 162 protestos agendados, incluindo todas as capitais. A mobilização não tem nada de “espontânea”. A página do grupo é bem profissional – com um vídeo incendiário, áudios e outros recursos multimídias. As bandeiras da “Operação 7 de setembro” explicam a alegria do colunista global: “prisão dos mensaleiros”; “fim do voto obrigatório” e “reforma tributária”, entre outras propostas que agradam tanto os setores conservadores da sociedade.
Para os mentores dos protestos, a reforma tributária deve “desonerar a folha de pagamento das empresas, acabar com a contribuição do salárioeducação e parte da contribuição patronal para a Previdência Social”.
Em dezenas de páginas no Facebook, a postura fascistoide dos organizadores da “operação” fica ainda mais explícita. Vários deles pedem “ditadura militar, já”; “fora os petralhas corruptos”; “fechamento do Congresso Nacional”.
Há, também, mensagens progressistas por mais educação, saúde e justiça social, mas elas são minoritárias. No caso da convocação do ato para Brasília, alguns insinuam com provocações durante a parada militar do 7 de setembro.
Com a chamada jornada de junho, a direita nativa ganhou coragem para ir às ruas – como atestaram várias cenas fascistoides contra as forças de esquerda. É bom ficar esperto!
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