Por Pedro Munhoz, em seu Facebook
Começam a pulular por aqui as "análises" que comparam o atentado na França com a inglória, sangrenta e cruel perseguição (rysos) que a Califa Ibn Rousseff tem engendrado contra a liberdade de imprensa no Brasil.
De repente, todo mundo aqui no Gigante Acordado é Charlie. Mainardi, o enfant terrible de meia idade cuja função intelectual é desfilar impropérios rococós contra o Partido dos Trabalhadores lá em Veneza, transmutou-se em Charlie.
Felipe Moura Brasil, colunista de Veja e editor daquele livro do Mestre Olavo sobre ser um idiota também é Charlie. La Sheherazade, musa do senso comum, campeã do cristianismo de várzea e rainha dos comentaristas de portais de notícia, adivinhem! também é Charlie.
Não vi se o Constantino foi declarado Charlie ou não, mas tenho certeza que ele é Charlie. Gentilli é Charlie, Lobão é Charlie, somos todos Charlie.
Nesse país onde a presidenta, pessoalmente, sai por aí disparando tiros de Kalishnikov contra todos que a criticam; onde as pessoas não ousam criticar o PT por medo da morte; onde as redes de televisão foram alvo de atentados a bomba por parte de militantes petistas mascarados, se você não for Charlie, meu amigo, você está contra o Charlie.
Agora, peço a licença dos meus amigos Charlies para assistir um pouquinho de Globonews, enquanto eu me indigno com a falta de liberdade de expressão em meu país.
Pela atenção, obrigado.
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